Quem foi Gideão na Bíblia? A história de Gideão

A história de Gideão é uma das narrativas mais fascinantes da Bíblia, revelando como Deus pode usar pessoas comuns para realizar feitos extraordinários.

Situada em um contexto de crise e opressão, essa história carrega lições valiosas sobre fé, coragem e liderança.

A seguir vamos mergulhar na história desse homem de Deus que passou de um simples agricultor a um líder militar e libertador de Israel.

Contexto da época

Em 1150 a.C após a juíza Débora falecer, o povo de Israel se desviou dos caminhos do Senhor novamente, e caiu nas práticas idólatras das nações vizinhas.

Deus retirou de sobre eles Suas mão salvadora, e o povo de Midiã os oprimiu.

Os midianitas eram tão cruéis que os israelitas fizeram para si esconderijos nas montanhas, nas cavernas e nas fortalezas.

Constantemente os hebreus eram saqueados pelos invasores, que lhes tomavam o gado e os resultados de suas colheitas.

Os saqueadores midianitas reduziram Israel à mais absoluta pobreza, e o povo pediu socorro ao Senhor pedindo sua libertação.

Consequentemente Deus enviou um profeta explicando que a opressão era um castigo pela sua idolatria (Juízes 6:7-10).

Atendendo ao clamor do seu povo, Deus enviou o seu anjo para falar com Gideão quando ele estava malhando trigo em uma prensa de vinho, tentando se esconder dos midianitas.

O Anjo do Senhor encarregou Gideão de liderar o exército de Israel que derrotaria os midianitas.
Porém Gideão não se achava capaz para aquela tarefa.

Ele alegava ser o menor de sua família, e que pertencia ao clã menos importante de sua tribo (Juízes 6:14-16).

Então o Anjo de Deus lhe confirmou a mensagem, fazendo fogo aparecer e consumir a oferta que Gideão oferecera a Deus.

Gideão e sua Missão

Gideão era o filho mais novo de Joás, da obscura família de Abiezer, da tribo de Manassés (Juízes 6:11,15).

O nome Gideão significa “lenhador”, ele também é chamado Jerubaal, que significa “deixe Baal lutar contra ele” (Juízes 7; 8; 9).

Sua primeira comissão foi destruir o altar de Baal que pertencia à seu pai.

Ele também deveria derrubar o poste ídolo de Aserá, e construir um altar ao Senhor no topo da elevação.

Gideão obedeceu à ordem do Senhor, e fez tudo isso à noite, porque tinha medo de sua família e dos habitantes da cidade — os ver.

Quando os homens da cidade descobriram, ficaram irados contra ele e decidiram mata-lo, por cometer tal afronta contra o deus deles.

Foi então que Joás, seu pai, se levantou diante daqueles homens e disse que se Baal fosse realmente um deus, ele teria se defendido quando seu altar foi destruído.

O raciocínio rápido de Joás salvou a vida de seu filho.

Por conta desse episódio, Gideão ficou conhecido como Jerubaal.

O exército de 300 homens

Naquele tempo os midianitas e seus aliados se juntaram para invadir Israel, o exército era de 135 mil homens.

Então o Espírito do Senhor se apoderou de Gideão capacitando-o para libertar o seu povo.

Gideão convocou um exército que juntos somavam 32 mil homens, das tribos de Manassés, Zebulom, Aser e Naftali.

Sem experiência em guerras, Gideão pediu um sinal para Deus, para saber se essa era Sua vontade, e se sairia vitorioso da batalha.

Em uma noite ele colocou um pouco de lã no chão e pediu que apenas a lã ficasse molhada com orvalho, sem molhar o chão.
De manhã, apenas a lã estava molhada.

Na noite seguinte ele pediu para a lã ficar seca e o chão molhado e aconteceu conforme ele havia pedido!
Mais uma vez o Senhor deu sinal que estava com ele.

Antes da batalha Deus disse a Gideão que seu exército era grande demais (Juízes 7:2-3).

A vitória viria do Senhor, e um exército grande poderia gerar orgulho entre o povo.

Então o Senhor lhe ordenou que mandasse os covardes embora, e Gideão dispensou todos que estavam com medo reduzindo seu exército para 10.000 homens.

Ainda assim o exército estava grande demais.

Então Gideão instruído pelo Senhor, separou 300 homens que beberam água lambendo-a como cachorro, sem se ajoelhar. Com apenas esses homens ele atacou os midianitas.

A vitória de Gideão e os 300

Gideão separou os 300 homens em três grupos. Depois disso, ele liderou um ferrenho ataque noturno, que deixou os midianitas confusos e apavorados.

Os israelitas faziam grande barulho tocando suas buzinas e gritando o famoso grito de guerra: “Espada do Senhor e de Gideão” (Juízes 7:20).

Os inimigos ficaram tão desorientados que começaram a matar uns aos outros e então fugiram aterrorizados. Com o exército inimigo desestabilizado e em fuga, Gideão o perseguiu e matou seus líderes.

Finalmente o povo de Israel estava livre de seus opressores.

Em resposta à vitória conquistada por Gideão, os israelitas lhe ofereceram a oportunidade de iniciar uma monarquia hereditária  a qual ele recusou.

Gideão apenas aceitou receber uma parte dos despojos da guerra.

Com o ouro que recebeu, Gideão fez um manto sacerdotal (o propósito é incerto – provavelmente para exercer funções sacerdotais ou uma imagem de Yahweh), que colocou em sua cidade, que em tempos mais tarde se tornou fonte de idolatria para Gideão e sua família.

Durante o restante da vida de Gideão Israel teve paz, mas depois que ele morreu, os israelitas voltaram outra vez para a idolatria se esquecendo de Deus e de tudo que Ele fez através de Gideão.

Conclusão

Gideão é descrito como um homem tímido e humilde, o qual Deus usou poderosamente devido à sua fé. Apesar de suas falhas, ele é lembrado como um dos grandes heróis da fé.

Gideão confiou no poder de Deus para vencer obstáculos aparentemente impossíveis. Sua história, registrada em Juízes 6 a 8 e mencionada em Hebreus 11:32, nos ensina que Deus pode usar pessoas comuns para realizar feitos extraordinários quando colocam sua fé em Seu poder.

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